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Investidor Iniciante

8 indicadores financeiros essenciais para investidores

Por Rodrigo Santos
15 outubro 2018 - 16:39 | Atualizado em 12 abril 2023 - 23:08

A análise de indicadores financeiros é fundamental para que as pessoas obtenham informações sobre a situação e o desempenho de empresas. Essas informações são essenciais para a realização de um investimento.

Assim, será possível verificar se a empresa está indo bem e se vale a pena investir em suas ações. Para isso, pode-se analisar os demonstrativos financeiros emitidos pelas companhias e outros indicadores.

Os pontos fortes e fracos de uma gestão empresarial serão evidenciados, facilitando o processo de tomada de decisão. Além disso, os indicadores também mostrarão as oscilações do mercado, tornando-se uma fonte de informação de grande valia.

Ficou interessado no assunto? Então continue a leitura deste artigo e veja oito indicadores financeiros essenciais para investidores. Não deixe para depois!

O que são os indicadores financeiros?

Eles nada mais são do que métricas e mecanismos diversos utilizados para coletar e gerar informações financeiras sobre determinados cenários. Quando falamos em negócios, os indicadores fornecem conhecimento relevante sobre o quão saudável é um empreendimento e suas possibilidades de retorno.

Desse modo, termos que figuram de forma recorrente em jornais, como índice de liquidez, fluxo de caixa, margem de contribuição e Demonstrativo de Resultado do Exercício são bons exemplos de indicadores financeiros que influenciam o mundo dos negócios como um todo.

Ao analisar os indicadores de forma precisa, é possível obter uma espécie de “fotografia” bastante clara da situação financeira de um negócio. Eles podem ser encontrados, de maneira geral, nas demonstrações contábeis de todas as companhias de capital aberto na bolsa de valores.

Assim, será mais fácil encontrar os dados que guiarão os investidores sobre os pontos fortes e fracos de uma determinada empresa.

Qual é a importância dos indicadores?

Eles desempenham um papel fundamental: prover informações úteis. Desse modo, dizer que uma empresa comercializou uma certa quantidade de produtos não significa muita coisa por si só. Porém, ao serem aplicados os indicadores, o empreendedor obtém uma série de dados relevantes.

Assim, tomando o exemplo de uma empresa vendedora, é possível consultar os indicadores financeiros e checar se os itens comercializados resultaram em lucro e liquidez mensuráveis. Caso a resposta seja positiva, temos uma companhia saudável e atrativa para investidores e parceiros em potencial.

Por outro lado, se essa mesma empresa realizou uma grande quantidade de vendas a prazo ou conta com muitos clientes inadimplentes, o empresário que checar esses indicadores poderá repensar a sua estratégia inicial.

Desse modo, podemos dizer que os indicadores financeiros são valiosos não só para os investidores, mas também para os gestores do negócio. Isso porque eles fornecem todo o conhecimento necessário para que a própria empresa atinja seus objetivos estratégicos e se reorganize de forma mais precisa.

Como utilizar indicadores financeiros?

Para que eles produzam informação útil, é importante delinear uma estratégia de uso. Assim, a primeira etapa é analisar todo o planejamento do negócio e reconhecer quais são as necessidades do empreendimento — tudo aquilo que se alinha às diretrizes da empresa.

A partir daí, será possível identificar com precisão os indicadores financeiros mais adequados para as características do negócio e para os investidores. Depois, chega a etapa de acompanhamento. Uma forma de realizar esse monitoramento é por meio de relatórios específicos, fornecidos pela própria empresa.

Além disso, definir um período bem definido de avaliação para cada indicador e utilizar plataformas de negociação são boas medidas para acompanhar os indicadores de perto.

Com os resultados em mãos, é hora de efetivamente interpretá-los. Para gestores e investidores, é necessário pensar sobre o que os indicadores demonstram sobre os negócios, o impacto dos resultados e o alinhamento dos resultados com o planejamento estratégico.

Essas perguntas são especialmente importantes porque nem sempre a mesma margem de contribuição de um negócio é positiva para outro empreendimento.

Após realizar a análise, chega o momento de agir sobre os resultados encontrados. Desse modo, é preciso ponderar sobre quais medidas são as mais urgentes para reparar ou impulsionar os seus investimentos.

Quais são os indicadores financeiros mais importantes para investidores?

Agora que você entendeu a importância e viu como utilizar os indicadores financeiros a seu favor, veja a seguir quais são os mais importantes para um investidor. Acompanhe!

1. ROE

O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, do inglês Return On Equity) é um dos indicadores financeiros utilizados para medir a rentabilidade de uma empresa. Esse índice pode ser obtido por meio do demonstrativo de resultados e do balanço patrimonial.

Para calculá-lo, é necessário dividir o lucro líquido acumulado dos últimos 12 meses pelo patrimônio líquido da empresa. O resultado se dá em forma de porcentagem.

Pode-se dizer, inclusive, que, por meio do ROE, é possível identificar uma empresa de qualidade, com vantagens competitivas. Assim, quanto maior o percentual, melhor será a performance da empresa.

2. ROI

O ROI (Retorno sobre investimento — Return On Investment) nada mais é do que o retorno gerado pela empresa após a implantação de um projeto. Normalmente, esse indicador é apresentado em percentual, indicando o quanto de riqueza um projeto proporcionou.

Para calculá-lo, podemos utilizar uma fórmula simples:

ROI = (Lucro Líquido / Ativo Total) x 100.

Esse indicador também pode ser utilizado para uma avaliação do retorno das operações de uma empresa, ou seja, para analisar se a companhia atende projetos e operações diferentes de uma mesma maneira.

Não podemos deixar de mencionar que o ROI também pode ser utilizado para avaliar se a empresa será, ou não, capaz de cobrir seus custos e despesas. Sendo assim, pode-se afirmar que esse é um dos indicadores mais importantes a serem avaliados antes de um investimento.

3. Margem bruta

Você já ouviu falar sobre a produtividade do chão de fábrica? Então, esse é o nome mais “popular” da margem bruta. O seu cálculo se dá por meio da divisão do lucro bruto pela receita líquida da empresa.

A margem bruta é um dos indicadores financeiros que facilitam a compreensão da lucratividade de uma companhia, em relação aos seus custos e despesas variáveis.

4. Margem líquida

A margem líquida também deve ser levada em consideração. Esse índice representa o valor real de cada uma das vendas, excluindo a dedução de todas as despesas, inclusive o imposto de renda.

A margem líquida pode ser calculada pela divisão do lucro líquido da empresa pela receita líquida de vendas. Assim, é possível determinar a porcentagem que restou em cada real vendido, descontando todas as despesas.

O seu funcionamento é simples. Imagine, por exemplo, que uma empresa tenha apresentado R$ 150 milhões como receita líquida, com um lucro líquido de R$ 15 milhões. Então, pode-se afirmar que ela ganhou R$ 10,00 para cada R$ 100,00 vendidos, já incluindo os valores pagos em impostos.

5. Cobertura de juros

A cobertura de juros nada mais é do que a capacidade de um negócio pagar os juros referentes às suas dívidas, sem comprometer o caixa. Então, uma empresa com endividamento alto pode apresentar boa cobertura de juros.

É preciso deixar claro que esse endividamento pode ser resultado de uma estratégia de negócio, na qual a companhia está buscando por formas mais baratas de financiamento. A forma mais comum de realizar o cálculo da cobertura de juros se dá pela divisão do lucro, antes dos juros e impostos, pelas despesas financeiras brutas.

6. Margem EBITDA

Certamente, você já ouviu falar de EBITDA. Essa sigla representa os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, em inglês).

Essa opção é muito utilizada por analistas pelo fato de incluir as despesas financeiras e a depreciação, sendo vista como um número próximo ao impacto das vendas no caixa.

7. Nível de endividamento

O nível de endividamento é outro dos indicadores financeiros essenciais para investidores. Para compreender esse índice, é preciso lembrar que muitas empresas recorrem a empréstimos e financiamentos, e esses costumam ser pagos em parcelas mensais.

Contudo, essa companhia apresenta outras obrigações financeiras, como suas contas mensais, o pagamento de funcionários e fornecedores e suas obrigações tributárias. A partir disso, o nível de endividamento de um negócio se torna um indicador importantíssimo.

É válido ressaltar que esse indicador é responsável por aprimorar o planejamento financeiro de uma empresa, pois é possível que um negócio finalize o mês com um saldo positivo na conta, mas, ao sanar suas dívidas e juros, não exista nenhum lucro.

Então, esse indicador é um grande aliado dos investidores. Ele deve ser utilizado, principalmente, para certificar-se de que as finanças de uma empresa estão sob controle e há a expectativa por lucros no final dos meses.

Para calculá-lo, é necessário dividir todo o passivo da empresa (todas as dívidas e despesas que existem) pelo total do ativo empresarial.

8. Giro de caixa

Por fim, mas não menos importante, destacamos o giro de caixa. Esse indicador demonstra nada mais do que a rotatividade do dinheiro recebido pela empresa. Quando há alta rotatividade, é sinal de que grande parte do montante recebido pelas vendas é utilizado para financiar as atividades e sanar as dívidas.

Buscamos destacar, ao longo deste artigo, os principais indicadores financeiros que podem ser utilizados pelos investidores. Obviamente, esses índices devem ser avaliados antes de se decidir em qual empresa investir.

Para facilitar o processo de tomada de decisão, recomenda-se realizar uma comparação dos principais índices de uma empresa com os de outras companhias do mesmo setor.

Lembre-se de que é preciso ter ciência que os indicadores financeiros podem variar de setor para setor por conta das condições específicas de cada um deles (taxas de juros, crescimento da economia, entre outros fatores). Isso impacta muito na hora de escolher qual aplicação será feita.

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